Impermeabilização por pressão negativa e positiva: como escolher o melhor método para sua obra

A impermeabilização é uma etapa indispensável em qualquer projeto de construção. Ela protege as estruturas contra infiltrações, corrosão e patologias que podem comprometer a durabilidade e segurança de edificações. Dentro desse contexto, escolher o tipo certo de impermeabilização — pressão positiva ou negativa — é essencial para garantir a eficiência do sistema.

Neste post, você descobrirá as diferenças entre esses métodos, exemplos de aplicação, materiais recomendados e como escolher a solução ideal para sua obra. Continue lendo e proteja sua construção com as melhores práticas do mercado.

O que é impermeabilização por pressão negativa e positiva?

Os sistemas de impermeabilização por pressão negativa e positiva são projetados para proteger as construções contra infiltrações de água e patologias, garantindo maior durabilidade.

A principal diferença entre eles está no lado da estrutura onde a impermeabilização é aplicada em relação à fonte de água:

• Pressão positiva: é aplicada no lado que está em contato direto com a água, bloqueando sua entrada na estrutura. É a solução mais utilizada em obras preventivas, onde a água precisa ser contida antes de atingir o interior da edificação.
• Pressão negativa: é aplicada no lado oposto ao contato direto com a água, lidando com a infiltração que já atravessou a estrutura. É comumente usada em reparos ou em áreas onde não é possível acessar o lado externo.

De acordo com a NBR 9575, temos as seguintes definições:

• Água sob pressão negativa: refere-se à água, confinada ou não, que exerce pressão hidrostática superior a 1 kPa (0,1 m.c.a), de forma inversa à impermeabilização.
• Água sob pressão positiva: trata-se da água que exerce pressão hidrostática superior a 1 kPa (0,1 m.c.a), diretamente sobre a impermeabilização.

Existem casos de pressão simultânea?

Sim, situações específicas podem gerar a coexistência de pressão negativa e positiva em uma mesma estrutura. Isso acontece, por exemplo, em obras complexas ou com contato com água vindo de direções diferentes.

Alguns exemplos práticos incluem:

• Reservatórios parcialmente enterrados

A parte externa, em contato com o solo, sofre pressão negativa, devido à infiltração de água do solo.

Simultaneamente, a água armazenada dentro do reservatório exerce pressão positiva, forçando a saída para o solo.

• Subsolos com lençol freático elevado:

• O lado externo das paredes ou lajes em contato com o solo enfrenta pressão positiva;
• Internamente, a água que já atravessou a estrutura pode gerar pressão negativa.

• Paredes duplas ou infiltrações cruzadas
• A água pode infiltrar de dois lados diferentes, gerando pressão positiva de um lado e pressão negativa do outro.

Solução para casos simultâneos:

• Avalie o projeto para identificar todas as origens de água;
• Utilize sistemas de impermeabilização que atuem em ambas as condições, como revestimentos cimentícios cristalizantes.

Aplicações práticas: onde e como usar a impermeabilização por pressão negativa ou positiva

Pressão positiva

• Onde usar:
  • Piscinas e tanques: para impedir vazamentos de água contida dentro do reservatório;
  • Fundações e paredes externas de subsolos: para conter água proveniente de solos úmidos;
  • Lajes expostas à chuva: protege contra infiltrações causadas por água acumulada.
• Como usar:
  • Prepare a superfície com limpeza total e reparo de irregularidades;
  • Aplique materiais como membranas líquidas (poliuretano ou epóxi) ou mantas asfálticas para vedação.

Pressão negativa

• Onde usar:
  • Subsolos e porões: ideal para infiltrações vindas do solo;
  • Muros de contenção: para estruturas onde o lado externo é inacessível;
  • Recuperação de estruturas existentes: como reservatórios ou paredes internas afetadas por umidade.

• Como usar:
  • Remova materiais soltos e preencha fissuras com argamassa;
  • Aplique revestimentos cimentícios cristalizantes ou argamassas poliméricas para criar barreiras internas.

Como comprar o produto certo de acordo com as pressões da água

Escolher o material adequado é fundamental para garantir o desempenho da impermeabilização. Veja as opções mais utilizadas:

• Membranas líquidas
  • À base de poliuretano ou epóxi, formam barreiras flexíveis;
  • Indicadas para lajes, coberturas e áreas sujeitas a movimentação.
• Mantas asfálticas
  • Muito usadas em lajes e fundações;
  • Resistem a altas pressões hidrostáticas externas.
• Aditivos impermeabilizantes para concreto
  • Incorporados na mistura de concreto, tornam as estruturas monolíticas impermeáveis;
  • Usados em piscinas, reservatórios e tanques.
• Revestimentos cimentícios cristalizantes
  • Reagem com a umidade da estrutura, formando cristais que bloqueiam o fluxo de água;
  • Ideais para subsolos e paredes internas.
• Argamassas poliméricas
  • Compostas por cimento, polímeros e aditivos, criam barreiras internas de alta aderência.

Tabela comparativa: pressão positiva x pressão negativa

A impermeabilização certa faz toda a diferença

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